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a água escorreu do buraco invisível da parede
pegou o colchão
pelo colarinho e
cabeça entre mãos
beijou-lhe o pescoço
a mancha escura do molhado
crescia conforme o arrepio
mas o tom do arrepio muda
conforme a direção do toque
a água acordou o olho que dormia
a água
queria parecer que vinha de dentro
porque o sonho
como a parede
chorava também
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29 de janeiro de 2007
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3 comentários:
Anônimo nada, é o rafael. Credo. Que é isso de credo que as pessoas que comentam seus poemas escrevem? Bem, ainda existo. Ainda não escrevo mais nada. Além do mais, somos mentes banais num país banal de lingua banal. E é só você quem escreve (a dadatida e o tonnetti, não gostei das últimas). Nos vemos dia desses? (ora, claro que não). Então, boa sorte. E Rafael é um bom nome e o tosco é rustico e sofisticado. Na verdade, não sei mais como soar minimamente inteligente. Repito, boa sorte. Rafael Galvão.
vezinha,
sabes q adoro aqui tbm, e eh um livro, eh uma coisa.
moro na santa céci sim, venha me visitar.
essas sao as melhores aproximacoes.
bezu
Boa tarde! Excelente poema. Aliás, não apenas esse. O blog todo é de muito bom gosto e os textos são ótimos. Li os 4 últimos. Depois voltarei para ler mais. Estou dando um ‘passeio geral’ pelos blogs relacionados à literatura, principalmente poesia e prosa. Gostei muito do seu blog. Vou adicioná-lo ao meu blog, bem como favoritá-lo no ‘blogblogs’, para que possa visitá-lo mais vezes. Quando puder, visite também meu blog, no endereço: [ http://poemasdeandreluis.blogspot.com ]. Sinta-se à vontade... a casa é sua,... e, gostando,... por favor, também adicione meu blog e ao seu ‘blogblogs’, ‘techinorati’ etc. Vamos tentar ampliar a rede de intercâmbio artístico-cultural, influenciando-nos e aprendendo mutuamente. Grande abraço!
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