22 de novembro de 2013

asa de lagarta


Por mais estranho e inesperado que isso pareça e seja, Asa de lagarta será lançado em breve e já está disponível para pré-venda, no catálogo da linda Editora Patuá. Todos que realizarem a compra antes do lançamento receberão o livro autografado após o evento. Aproveite!

A ilustração de capa e o projeto gráfico são de Leonardo MAthias e a edição de Eduardo Lacerda.

O título integra a Coleção Patuscada - Prêmio Proac - Programa de Ação Cultural - 2012 - saiba mais em: http://www.editorapatua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=154



De tudo, a melhor coisa, como sempre, foi o envolvimento de pessoas queridas. Obrigada Rodrigo e Nadia pela paciência; Flávia, Vinicius e Julian, pelas ilustrações e paciência; Flávio, pelo posfácio e paciência e Angelica, pela orelha. Agradeço também a família que amo, todos os amigos queridos próximos ou distantes que fazem a vida valer a pena.


Muitos poemas do livro são fruto desse velho blog, meio sempre abandonado. Alguns estão já ali na página da Patuá. O Eduardo Lacerda, editor, colocou estes:



estrada


expressão
igual a um vento
rápido de janela
batendo na cara

esticar a mão pra fora enquanto o mundo corre pelos lados
(já é proibido)

o ar enche a mão de ar
abrir ou fechar as mãos
escolher entre reter ou não
a impressão

***

meu nome é asa de borboleta
que se prendeu
a uma fissura da tua lembrança

e entre o teu olhar e a minha vontade
nunca houve impedimento
a não ser o meu olhar e a tua vontade

(tudo o que faz vezes de óleo
que repreende a água
e que sobre a pele
facilita o trabalho da luz

mas sobre esta pele não foi impresso filme algum)
***

você
que é amarelo (a cor mais difícil) de gostar
(que) fala demais e de menos
ao mesmo tempo
quando (me) surge
vem de debaixo da língua
ou da unha
(e não - comumente - de um lado)
ou de outro da rua

***

um tapete de insetos
chorava por matá-los
com a sola dos pés

doía como na infância
(não pôde evitar)
palhaços pintavam uma borboleta no rosto
e a substância do que era feita não saiu mais

***

já pode esquecer o fiel da balança
nós de decisões (des)importantes
os senhores donos da justiça torta

e dançar a tão livre dança
rir o riso que cria mundo
saber e ensinar o fluido das coisas:

o sentido são as pessoas

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