17 de janeiro de 2005
(as fotos, desta vez, são do hockney.)
se eu, deitado, respiro ofegante, é porque penso demais
minha cabeça se cansa de pensar em mim
e nos outros.
dá algo como uma febre russa
- você sabe o que é pois também já leu -
mas não sou tão urgente
e não mudo meu rumo
sem dar aquela ridícula parada
- em que se apalpa os bolsos
ou um tapinha na testa -
desnecessária
do reconhecer o caminho errado
ou esquecimento
vivo enquanto imagino
(choro quase inventando)
meu filme é convincente demais
é impossível escolher um único encaixe
para os fragmentos dispersos do mundo
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