18 de setembro de 2006

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você
que é amarelo (a cor mais difícil) de gostar
(que) fala demais e de menos
ao mesmo tempo
quando (me) surge
vem de debaixo da língua
ou da unha
(e não – comumente – de um lado)
ou de outro da rua


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5 comentários:

bio disse...

Vãnnnnessinha!

Flávia Santos disse...

lindo!!!

bio disse...

adoro teus poemas!
e tu jah tinha ido lah si sinhoura.

No Uruguai com ciganas disse...

bem bacana.

Mauro Pereira da Silva disse...

Obrigado pelo comentário. A questão de "não tocar" é importante. Leio textos que também não me dizem absolutamente nada, apesar da tentativa clara de parecer profundo. Alguns, inclusive, que parecem feitos com o dicionário aberto e a escolha aleatória de palavras. Dá uma impressão de profundidade e fica a cargo do leitor o trabalho de interpretação. Nesse caso, o trabalho é TODO do leitor, já que essencialmente o texto é hibrido. Merece aplausos o leitor, já o escritor merece muito pouco.
Prefiro (volta a questão da preferencia) uma Adelia Prado que um Haroldo de Campos.
O "stablishment" o considera um gênio. Eu o considero quase um enganador. Abrç